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quarta-feira, 26 de maio de 2010

Mulheres na Política

Mulheres na política

( copiado so site - ADITAL Notícias da América Latina e Caribe)


Adital -
Ao longo deste mês, pessoas e organizações em todo o mundo mobilizam-se em diversas atividades para comemorar as conquistas das mulheres e denunciar o que ainda falta para que se alcance a plena igualdade entre mulheres e homens. Segundo o Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (UNIFEM), em 2006, o Dia Internacional da Mulher está enfocando o tema: "Mulheres na tomada de decisões: enfrentando desafios, gerando mudanças".
"Ao aumentar de maneira efetiva a influência da mulher em todos os níveis da vida pública, aumentam as possibilidades de mudança em direção à igualdade entre os gêneros e ao empoderamento da mulher, bem como para uma sociedade mais justa e democrática", afirmou o secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, no relatório sobre a participação igualitária de mulheres e homens nos processos de tomada de decisões em todos os níveis, lançado em dezembro de 2005.

Em 1995, a Plataforma de Ação de Pequim definiu como uma de suas prioridades a questão da mulher no exercício do poder e na tomada de decisões e apontou medidas concretas que deveriam ser adotadas por governos, setor privado, instituições acadêmicas e organizações não-governamentais para que as mulheres tenham maior acesso e uma participação efetiva nas estruturas de poder e na tomada de decisões.

Em todo o mundo, as mulheres têm enfrentado as dificuldades de acesso ao poder e estão contribuindo para mudar suas comunidades, seus países e o mundo. Contudo, ainda que se esteja avançando na conquista da igualdade entre mulheres e homens no acesso a cargos de decisão, ainda há muito o que fazer. As mulheres continuam sub-representadas em todos os níveis de poder. Além de aumentar a participação das mulheres nos órgãos oficiais de tomada de decisões, é preciso também aumentar seu impacto no processo de tomada de decisão.

Ranking

A Argentina ficou entre os 10 países com maior participação de mulheres no Legislativo em ranking divulgado pela União Interparlamentar (IPU, da sigla em inglês), que analisou 187 países e apontou uma tendência de crescimento na presença de mulheres nas Casas Legislativas de diversas partes do mundo.

Ruanda aparece em 1º lugar, com 48,8% de participação feminina na Câmara de Deputados. Em seguida vêm os países nórdicos: Suécia (45,3%), Noruega (37,9%), Finlândia (37,5%) e Dinamarca (36,9%). Depois estão Holanda (36,7%), Cuba (36%), Espanha (36%), Costa Rica (35,1%), Argentina (35%) e Moçambique (34,8%), que completam a lista dos 10 países com maior número de legisladoras.

Na América do Sul, o Brasil é o pior colocado na lista, em 107º lugar, bem atrás da Argentina (9º), Guiana (17º), Suriname (26º), Peru (55º), Venezuela (59º), Bolívia (63º), Equador (66º), Chile (70º), Colômbia (86º), Uruguai (92º) e Paraguai (99º). A IPU explica que a melhora no desempenho de alguns países sul-americanos deve ser atribuída à introdução de políticas de cotas mínimas para candidatas, a exemplo do que ocorreu na Argentina, na Bolívia e na Venezuela.

O Brasil e outros países do Cone Sul, excluindo-se a Argentina, apresentaram índices menores do que a média mundial, que é de 16,6% de mulheres legisladoras. No Chile esse índice é de 15%; no Uruguai, 11,1%; no Paraguai, 10%; e no Brasil, 8,6%. O índice brasileiro é pouco maior que o dos países árabes, que têm uma média de 6,8% de mulheres em seus Parlamentos. A Arábia Saudita apresenta índice de 0%. Ficaram também abaixo da média mundial: EUA (15,2%), França (12,2%), Itália (11,5%) e Japão (9%).

A União Interparlamentar aponta uma tendência de crescimento da participação feminina no Legislativo. Em 2005, a cada cinco parlamentares eleitos, um era mulher. Embora destaque que as mulheres já ocupam mais de 30% das cadeiras em 20 Câmaras de Deputados no mundo, o relatório da IPU reconhece que ainda falta muito para se atingir um mínimo de 30% de legisladoras em todos os Parlamentos, meta definida na Conferência Mundial sobre a Mulher promovida pelas Nações Unidas em 1995.

Mídia

De 16 de fevereiro a 08 de março de 2006, a Associação Mundial para a Comunicação Cristã (WACC, da sigla em inglês) promoveu a campanha "Quem faz a notícia? Três semanas de ação global sobre gênero e mídia". Com apoio do UNIFEM e da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), a campanha tem o objetivo de promover a igualdade de gênero na mídia, ao desafiar a mídia jornalística a tomar uma atitude efetiva e imediata para garantir uma representação equilibrada de mulheres e homens no noticiário.

A campanha começou em 16 de fevereiro de 2006, exatamente um ano após o dia em que centenas de organizações que atuam com gênero e mídia em 76 países uniram-se em um esforço de solidariedade para monitorar a representação de mulheres e homens na mídia jornalística. A ação era parte do Projeto de Monitoramento Global de Mídia (GMMP, da sigla em inglês) 2005, que revelou, entre outras coisas, que, embora maioria nas redações (63%), as mulheres continuam a ser marginalizadas nos noticiários.




Analisando o artigo acima e, ainda envolvida pelas últimas postagens dos blogs Mangaratiba e Peixe com Banana, percebi que precisamos sim dar continuidade as nossas discussões sobre a participação da mulher na vida pública. Mudar o conceito e acima de tudo o preconceito, só depende de nós... O Lacerda em seu blog nos lembrou o nome de algumas mulheres, brasileiras ou não que fizeram parte da história, a Leila, nos mostrou com sua imensa sabedoria e sensibilidade, as grandes mulheres mangaratibenses..que mesmo em sua modestas posições de donas de casa nos dão grandes lições de gerenciamento. Sei que o Lacerda vai falar: não se gerencia um país, um estado ou município apenas com a experiência da administração do lar, mas, ao meu ver, se muda o curso da história quando nos dispomos a ouvir o que essas mulheres pensam da condução que seus governantes direcionam para seus países, estados ou municípios... Em Mangaratiba vemos mulheres de todas as idades fazendo a sua parte... na Educação, vemos professoras como as do Castelo Branco, trabalhando para formar cidadãos mais concientes...  Precisamos estimular sim tanta energia e disposição... Estou pensando em  formar um grupo de mulheres que se disponham a se reunir e começar um trabalho de concientização política da mulher. O que acham? Afinal, em outubro teremos eleições e para o cargo da Presidência da República, teremos ao que tudo indica duas representantes na disputa... tenham elas cara de mulheres que apanham do marido ou não!

Um comentário:

  1. Márcia,
    Vejo bem claro esta situação da política no Brasil, como sendo ainda parte de ranço de machismo, submissão, formação cultural familiar e principalmente falta de percepção da própria mulher em relação ao que se diz " condição feminina".

    A mulher conquistou tanta coisa, principalmente à partir dos anos 60, porém não entendeu o recado dado por feministas de todo mundo. Tanta mulher brigou por um lugar ao sol para todas nós, tantas tiveram até que ser radicais em seus posicionamentos, para que o mínimo de liberdade e igualdade fosse uma conquista de todas. E passados 50 anos, vivemos um terrível momento de auto-estima da mulher, fincado no chão da mediocridade, perdidas em seus próprios atos de desvalorização.

    Sempre percebi que homens e mulheres não são iguais, mas não em termos de superioridade de um ou de outro sexo. Somos desiguais, porém equivalentes em capacidade e inteligência. Somos diferentes em força física e na sensibilidade.

    A inteligência da mulher é a mais valorizada atualmente, que é a inteligência emocional, perceptiva do macro.
    O homem tem sua inteligência aguçada na lógica e nas questões micro, dissociadas do "todo".

    O homem valoriza muito o aspecto visual do outro e consequencia disto, temos mulheres que apesar de valorizarem o aspecto intelectual e emocional do outro, passam a agir como se necessitassem exclusivamente de um aspecto físico padronizado para que sejam completas. Aí, começa a corrida em círculo vicioso que superficializa a competição entre os sexos opostos.

    Um lembrete só que gostaria de fazer, talvez até não tenha me expressado bem anteriormente, mas eu acredito muito em formação. Não penso que a pessoa não deva estar preparada para exercer cargos eletivos. A minha posição é de que para certos cargos, o que se precisa primordialmente é de "formação" de caráter, liderança, ideais e muita força de caminhar.
    O líder conduz toda uma estrutura sem ter necessidade de conhecimento específico em todas as áreas. Ele precisa traçar as diretrizes e conduzir todas as engrenagens com ética, decência e um conhecimento que muitas vezes só se adquire na execução da própria liderança.
    Enfim, a formação do indivíduo, não se faz SOMENTE em escolas, universidades e no exercício de sua profissão. Um indivíduo mais pleno é fruto da vivência de sua cidadania, de sua formação nos aspectos de coletividade e lógicamente de sua formação escolar.
    Eu, sinceramente, acho que Marina Silva tem tudo para ser uma excelente Presidente, apesar de seu aspecto físico ser tão comum nas ruas de nosso Brasil.

    Agora em nossa Mangaratiba, será necessário que elas não tenham pudor de serem desvalorizadas e motivo de chacota dos homens e das mulheres pequenas e inconscientes da prórpia capacidade.

    Que metam a cara como fizeram tantas outras, que abriram o espaço para que hoje, nós estivéssemos aqui discutindo esta questão.

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