Cinco das nove regiões metropolitanas brasileiras se encontram à beira-mar e metade da população brasileira reside a menos de 200 km do mar. Esse contingente gera cerca de 56 mil toneladas por dia de lixo, e o destino, de 90% desse total são lixões a céu aberto, que contribuem para a poluição de rios, lagoas e do próprio mar. Nas próximas décadas, estima-se que 60% da população mundial estará vivendo em áreas costeiras, o que significa um número ainda maior de hotéis, casas e lixo nas praias e no mar.
A ocupação desordenada do litoral também é responsável pela poluição ambiental, caracterizada pela destruição das restingas e manguezais na costa e pela poluição crescente das praias. As regiões estuarinas, os manguezais, os corais e as baías são os locais de procriação da grande maioria da fauna marinha. São nestes locais que principalmente camarões e centenas de espécies de peixes se reproduzem. São nesses ambientes marinhos que estão os maiores efeitos da poluição
A poluição dos mares e das zonas costeiras originada por acidentes com o transporte marítimo de mercadorias, em particular o petróleo bruto, contribui, anualmente, em 10% para a poluição global dos oceanos. Todos os anos, 600.000 toneladas de petróleo bruto são derramadas em acidentes ou descargas ilegais, com graves conseqüências econômicas e ambientais.
Nos acidentes com petroleiros, enormes quantidades de óleo são lançadas ao mar, flutuando e alastrando-se progressivamente, formando extensas manchas, chamadas marés negras. Com efeitos altamente destruidores, provocam mortandade na fauna (aves marinhas, peixes, moluscos, crustáceos etc.), afetando também a difusão do oxigênio do ar para o mar e vice-versa.
Quando as marés negras atingem as zonas costeiras, os seus efeitos tornam-se ainda maiores, provocando prejuízos à atividade pesqueira e impacto negativo na atividade turística, já que os resíduos petrolíferos, de remoção difícil, impedem durante muito tempo a utilização das praias.
Milhares de pessoas visitam as praias e deixam para trás restos que se convertem em lixo marinho. Objetos como bitucas de cigarro, embalagens de alimentos, recipientes de bebida, panos etc. chegam até o mar recolhidos pelas ondas ou levados pelas chuvas. Mas os freqüentadores das praias não são os únicos responsáveis. O lixo marinho vem de muitas fontes diferentes.
Todo lixo eliminado de forma errada, bem como materiais transportados ou armazenados inadequadamente podem se converter em lixo marinho, mesmo que esteja longe do mar. Isso acontece pela ação de uma enxurrada (água da chuva que corre ao longo das ruas e terrenos) ou mesmo pela ação dos ventos. E como todo rio desagua no mar, o lixo vai direto para os oceanos.
Principais fontes de lixo marinho:
- Os freqüentadores das praias
- A eliminação inadequada do lixo no solo
- O transbordamento de águas pluviais
- Os barcos e navios de todo tipo
- As instalações industriais
- As plataformas de petróleo e gás na faixa litorânea
- As regiões portuárias e terminais de produtos químicos e combustíveis
Bem, se a proposta é falar sobre a poluição que atinge os mares, e, no nosso caso as águas que nos banham, não tem como não falar Da Valle, do Porto de Sepetiba, e agora da Marinha do Brasil...
Não consigo entender a maneira despudorada com que um almirante diz: " Estamos aqui para falar de submarino nuclear e não de comunidades..." Incrível, será que ele não percebe, que falar de construção de submarino nuclear, de navegação de submarino etc..., é falar de comunidades? Há uma grande preocupação em revitalizar a zona portuária do Rio de Janeiro,mas, a preço? Nossa região encontra-se sobrecarregada com tantos navios, com o fundeio dos cargueiros que, nossos pescadores artesanais já nem conseguem mais levar o sustento de suas famílias para casa... Que Mangaratiba queremos para os nossos filhos e netos??? E estou falando de Mangaratiba, pois, se começarmos daqui, nossa voz ecoará estado a fora e quem sabe país a fora... Embora as grandes empresas sediadas em nossas costas tenham um forte papel nessa degradação, não podemos nos eximir da nossa culpa... Estamos cada vez mais mal educados... não ensinamos nossas crianças a olhar com respeito e preocupação pelo meio ambiente. Convoco a todos que por aqui passarem, que postem idéias que possamos trabalhar com as crianças, jovens e adultos, numa campanha pró meio ambiente... Vamos resgatar nossas origens, nossos ideais, nossos mares, nossas matas e aí sim, resgatar nosso direito de prometer para os nossos, UM MUNDO MELHOR!